Meu velho e querido Grajaú!

Grajaú, minha terra de encantos.
De tantas alegrias...
Quantas glorias já deste aos teus filhos...
Meu Grajaú, de solo fértil
Como eras tu no passado?
Pouco lembro.
Mas hoje as poucas recordações da infância me levam de volta àquele belo passado. Belo passado!
As estreitas ruas com calçamento de pedra, hoje cobertas pelo asfalto que apagou parte da nossa história...
As quitandadinhas que não existem mais, na rua São Paulo do norte.
Aí a gente lembra dos velhos comerciantes Urbano, Alcimar... De longe eu escutava o canto do ferreira - ave engaiolada pelo velho calango, em frente ao Colégio Urbano Santos, onde apredi alguma coisa, no período em que estudei ali.
Lembro também da fila que se formava no açougue do Amauri, quando a "banda" de boi abatido chegava nos fins de tarde...
Ah, meu belo e querido Grajaú!!!
Que saudade de ti. Da época em que tinhamos a chance de correr, pular, brincar de "tenhau" no matagal da avenida. Naquela capoeira no morro que escondia um pouco da Igreja Matriz, onde hoje alguns jovens aproveitam para apertar uma base, na escuridão, perto dos correios.
Quem não se lembra das palmatórias do professor Porfírio da Escola Gonçalves Dias. Eu "peguei" algumas. Valeram a pena. E para meu orgulho o professor Porfírio é o meu Patrono, na Academia Grajauense de Letras.
E hoje, como está este velho que tem quase dois séculos de história?
Vamos falar aqui sobre tudo o que for possível, a partir de agora.
Vamos começar a escrever a nossa história, com os personagens que fazem essa história!
Elbio Carvalho - 31.10.2008